Mostrar mensagens com a etiqueta capital. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta capital. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

20 Coisas a não fazer para investirmos mais dinheiro

Como já disse anteriormente noutros posts, quanto mais dinheiro conseguirmos poupar, mais capital temos para investir. Neste post vamos falar sobre algumas coisas que não deveremos fazer para termos mais capital para investir.

  1. Não tenham inveja dos investidores de Hedge Funds;
  2. Não paguem os cartões de crédito com uma percentagem inferior a 100%;
  3. Não confiem em gestores de contas;
  4. Não se esqueçam que, com um retorno maior o risco também é maior;
  5. Não comprem uma casa se pensarem em vender nos próximos 5 anos porque mudaram de cidade;
  6. Não invistam 100% em acções ou obrigações, diversifiquem;
  7. Não comprem seguro de cancelamento de viagem;
  8. Não comprem Ofertas Públicas de Subscrição (Conhecido como OPA, IPO, ou OPS);
  9. Não façam trading de ETF's;
  10. Não comprem nenhum ETF's com uma despesa anual superior a 0,50%;
  11. Não assumam que são mais espertos que o mercado;
  12. Não invistam em acções com base nas escolhas dos vossos familiares, da TV ou do vosso e-mail;
  13. Não comprem uma extensão de garantia;
  14. Não façam day-trade;
  15. Não comprem uma casa maior do que as vossas necessidades;
  16. Não se esqueçam da inflação;
  17. Não invistam com base em performances passadas, na esperança que se repitam no futuro;
  18. Não invistam dinheiro que não possam perder;
  19. Não esperem que as acções rendam 10% ao ano, mesmo no longo prazo;
  20. Não emprestem dinheiro aos vossos familiares se necessitarem dele.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Depósitos Indexados - Banco Invest

Estamos a viver numa era em que as taxas de juro dos depósitos a prazo pelos bancos está perto dos 0%. Com uma inflação prevista de 1,5% para o ano de 2017, os investidores têm de se virar para outras classes de ativos só para não perderem capital.

Apenas existem dois bancos que fazem depósitos indexados, são eles o Banco Invest e o Banco Carregosa. Pessoalmente prefiro o Banco Invest, pois as temáticas dos investimentos são mais interessantes, assim como a taxa de juro.

Como Funciona:

Os depósitos indexados do Banco Invest colocam o investidor em classes de ativos com mais risco sem correr esse mesmo risco da classe de ativos. Ou seja, o investidor pode ter o rendimento da classe de ativos se subirem mas, se baixarem, não sofre perda de capital.
A taxa de juro máxima e mínima é conhecida logo ao inicio, assim como o prazo e os ativos subjacentes que vão estar indexados a este depósito.

Taxa de Sucesso:

Felizmente o website do Banco Invest permite ter acesso aos reembolsos de depósitos indexados, desde 2012. Dos 49 depósitos indexados, apenas 14 tiveram um reembolso de 0%. Isto indica que 28% dos depósitos tiveram um retorno nulo. Isto são resultados muito positivos, tendo em conta que a TANB máxima reembolsada já chegou a ser 11,71%.

Condições:

Nestes depósitos indexados existem sempre a garantia de capital. Podem existir situações em que o depósito até dá uma TANB positiva mesmo que os pressupostos não se cumpram. Já apanhei depósitos indexados com reembolso antecipado do depósito caso os pressupostos estejam cumpridos antes do fim do prazo do depósito. Aqui a única desvantagem é o facto de não ser possível fazer uma mobilização antecipada.

Notas Finais:

Pessoalmente acredito que este tipo de depósitos é bastante interessante, principalmente quando os depósitos a prazo estão a oferecer taxas quase nulas pelo meu capital. A nós, investidores, cabe-nos alocar o nosso dinheiro onde nos for mais rentável.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O Perigo de Alavancagem com as Cryptocurrencies

Depois de termos falado aqui sobre os perigos da alavancagem, hoje vamos focar um tema mais recente, as Cryptocurrencies. As Cryptocurrencies ganharam bastante notoriedade nos últimos meses graças à ganancia de "investidores" que estão à espera de um lucro fácil. As corretoras de bolsa criaram oferta para este aumento da procura repentino, oferecendo instrumentos para negociar as moedas mais famosas.
O problema disto é o facto dos "investidores" não saberem o que é o Risco e o conceito de avaliação de um investimento. Ora, se esta nova rede de "investidores" não sabe isso, porque razão haveria de saber o conceito de alavancagem?
Infelizmente a maioria dos investidores perde dinheiro a transaccionar pares cambiais, e a volatilidade dessa classe de  ativos não se compara com a volatilidade do Bitcoin ou do Ethereum.
No gráfico em cima, retirado daqui, podemos comparar a volatilidade do par cambial mais liquido do Forex (USD/EUR) a amarelo com a volatilidade do Bitcoin e do Ethereum, a azul e verde.
Podemos ver que, por dia, a volatilidade chega a ultrapassar os 5% para o Ethereum e anda por volta dos 2% no Bitcoin. A volatilidade neste tipo de ativos é bastante grande, por isso não é aceitável utilizar alavancagem. Para se utilizar a alavancagem teremos de ter cuidado em ter uma gestão de risco muito conservadora. Infelizmente nem todos os "investidores" podem ter conhecimento sobre isto, por isso é que eu alerto por preocupação de perdas totais do capital investido.
O mercado das Cryptocurrencies valia $117 mil milhões apenas há um mês atrás. A 13 de Julho o mesmo mercado valia $88 mil milhões. Não é possível olhar para o lado para esta desvalorização, infelizmente. Podem ver a capitalização de mercado de todas as Cryptocurrencies aqui.

Notas Finais

O investimento com alavancagem poderá significar perdas totais do capital investido. Em períodos de elevada volatilidade os investidores poderão perder mais do que todo o montante investido. No caso de investirem nesta classe de ativos com alavancagem, aconselha-se uma gestão do risco muito cautelosa e conservadora.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

O Perigo da Alavancagem

A alavancagem é um tema que, na minha opinião, ainda não foi bem elaborado neste blog. Assim sendo, vamos dedicar um artigo ao conceito de alavancagem.

Empréstimo à Habitação

Todos nós usamos ou já usámos a alavancagem nalgum momento da nossa vida. Os Portugueses, por exemplo, utilizam a alavancagem para comprar uma casa para viverem. A compra de uma casa pode ser um símbolo de mudança de vida, de criação de uma família ou de independência dos pais. Infelizmente uma casa continua a ter um preço proibitivo, mas graças aos empréstimos à habitação, isso tornou-se muito mais fácil.
Vamos imaginar que a família Lopes comprou esta casa por 100.000€. Como apenas tinham 20.000€ pediram ao banco o resto em modo de empréstimo. Assim sendo, a família Lopes ficou a dever ao banco 80.000€.
Nesse mesmo ano o mercado imobiliário valorizou, sendo que surgiu um comprador para esta casa, que estava disposto a pagar 120.000€ pela casa. A família Lopes fica surpreendida porque não a queria vender, mas um ganho de 20% sobre o preço de compra é bastante apetecível.
A família Lopes decide vender a casa, fazendo contas logo a seguir.

Vejamos, a família amortizou imediatamente o empréstimo ao banco, no valor de 80.000€ (não houve juros nem penalizações pela amortização antecipada). Fica a sobrar 40.000€ para esta família comprar uma nova casa.
Assim sendo, o empréstimo à habitação deu a esta família uma alavancagem muito interessante neste caso. A família não só recuperou todo o seu investimento, como conseguiu ganhar 100% face ao valor inicialmente investido.

Neste caso correu bem, mas a realidade é que a alavancagem apresenta diversos perigos que o investidor deve saber antes de se colocar em produtos alavancados.
Voltando ao exemplo da casa, uma desvalorização de 20% iria provocar uma perda total do capital inicialmente investido.

Nos mercados financeiros o resultado é exactamente o mesmo.

Mercados Financeiros


No gráfico em cima temos um ETF alavancado três vezes face ao S&P500. Como podem ver, dado que estamos num Bull Market, este ETF está quase todos os dias a ter retornos negativos. O gráfico pode não revelar mas podem ver que, de 2012 a 2017 este ETF já perdeu quase 93% do valor.

Os investimentos em produtos alavancados tendem para 0, como podem ver no exemplo em cima.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Dois anos com a Raize!

Há um ano escrevi o meu primeiro artigo sobre a Raize, aqui. Desde então a plataforma tem crescido a um ritmo muito interessante, como as estatísticas mostram.

Quase 7 milhões de Euros em financiamento e com mais de 11000 utilizadores mostra que a Raize tem pernas para andar neste mundo dos financiamentos B2B.
Em média, os investidores estão com uma taxa de juro de 7,53%. Mesmo com o capital em incumprimento podemos verificar que o retorno continua a ser bastante interessante. desde o lançamento a plataforma tem 0,25% do crédito dado como incobrável. Em termos de valores reais, estamos a falar de 14877,50€ que ficaram por receber.

O meu caso concreto

Falando na minha conta apenas, posso-vos dizer que tenho cerca de 250€ investidos em 21 empresas. Infelizmente o montante mínimo é demasiado elevado para ter uma estratégia de diversificação mais aceitável (cerca de 5% em cada empresa), mas felizmente as empresas vão pagando.
Dos 21 empréstimos em carteira já tive casos em que as empresas demoraram a pagar uma prestação. Algumas atrasaram-se algumas prestações devido a dificuldades de tesouraria, diz a Raize.

A Angopoças atrasou-se algumas prestações mas depois acabou por amortizar o empréstimo antecipadamente. Ainda bem que isso aconteceu pois hoje mesmo fui ver a empresa e encontra-se em processo de insolvência. Este caso poderia ter corrido muito pior para os investidores.

Apesar de não ter acontecido a mim, existem investidores que têm uma empresa em carteira que sofreu um PER (Plano Especial de Revitalização). O prazo de amortização foi alargado para mais de 100 prestações, com uma taxa de juro muito abaixo do previsto inicialmente. Apesar deste inconveniente, é melhor receber mais tarde que nunca.

Estou neste momento com uma empresa em atraso. A Pneus União está com 6 prestações em atraso. Supostamente isto deveria ter sido colocado em recuperação mas a Raize não se encontra a cumprir com o estipulado, como podem ver aqui.

Ainda assim estou com uma TANB de 7%. Esta TANB faz a média da taxa de juro dos empréstimos em carteira. Alerto para o facto das prestações dos empréstimos serem feitas através de capital e juro. Ou seja, como estamos a receber capital temos de ter o cuidado de voltar a colocar esse capital a render, senão vamos estar com uma taxa de juro que não corresponde à realidade. Esta TANB também não tem em conta todo o tempo que demora deste o momento em que a Raize retém capital e o empréstimo efetivamente começa (vamos abordar isso mais à frente).

Notas Finais

Apesar do modelo não estar completamente afinado, a Raize apresentou uma proposta de valor muito interessante para os investidores no nosso país. O que acham da Raize?

sexta-feira, 29 de julho de 2016

[Forex] Como fazer Gestão do Risco?

Nos mercados cambiais temos de olhar para a gestão do risco com bons olhos. É verdade que, por vezes os investidores estão tão focados, confiantes e ansiosos que estão dispostos a iniciarem a sua negociação em pares cambiais sem olharem para a gestão do risco.
Infelizmente, este tipo de investidores não estão a investir, estão a apostar.
A gestão do risco é algo que deve ser visto com bons olhos, dado que pode proteger o nosso capital no longo prazo. Através da gestão do risco poderemos alcançar ganhos bastante interessantes se nos mantivermos dentro dos parâmetros que vamos agora abordar.

Capital Inicial

O capital inicial é algo fundamental para negociar pares cambiais. Para fazermos dinheiro é necessário termos dinheiro, mas quanto? O capital inicial deve ser algo muito ponderado pelo investidor, dado que pouco capital inicial poderá limitar o limite da nossa negociação, assim como ter problemas relativamente à aplicação de uma boa gestão do risco.
Existem brokers Portuguesas e Internacionais que permitem a abertura de contas forex com um capital mínimo de $25, mas isso não quer dizer que deveremos começar a negociar com esse capital.
Dependendo dos lotes, ou unidades de compra, poderemos começar a negociar com um capital de €1000.

Alavancagem Indicada

Existem diversos tipos de alavancagem que podemos escolher quando abrimos uma conta numa broker, podendo até alterar essa decisão mais tarde. A alavancagem é, nada mais nada menos do que um empréstimo que o corretor irá fazer ao cliente. Uma alavancagem de 1:10 indica que o corretor está a dar-nos a capacidade de negociar até 10 vezes o nosso capital. Assim, 1000€ traduzem-se em 10000€ de capacidade de negociação.
A alavancagem permite aumentar os nossos ganhos exponencialmente mas, infelizmente, também as nossas perdas. Apesar de termos 10000€ de poder de negociação, assim que só tivermos 300€ (uma perda de 70% do nosso capital inicial), será dada ordem de fecho de todas as nossas posições. A isto dá-se o nome de Margin Call, que iremos falar mais à frente.
Quanto mais alavancagem tivermos, mais juros teremos de pagar ao nosso corretor todos os dias. Sobre o montante que é emprestado ao cliente, será aplicada uma taxa de juro de acordo com a diferença dos pares cambiais que estamos a negociar. Existem casos em que é possível estarmos a ganhar dinheiro devido a termos uma taxa de juro favorável aos clientes.
Assim sendo, numa fase inicial é aconselhável não alavancar muito, dado que a alavancagem pode ser nossa inimiga.

Lotes (ou unidades) a Negociar por Trade

O valor de um lote (ou 1000 unidades) difere de par cambial para par cambial. Isto porque as moedas têm valores diferentes face à moeda do país em que nos encontramos (neste caso o euro em Portugal). Ainda assim, cabe ao investidor ter uma noção do valor que não deve ultrapassar em cada trade. Por exemplo, caso o investidor tenha um capital de 10000€ e esteja a investir 1000€ em cada trade, bastam 10 trades para esse investidor perder todo o capital inicial.
É muito importante saber a percentagem de capital que nunca deveremos ultrapassar e, por isso, fiz o gráfico em cima para dar uma noção dos diferentes valores investidos por trade. Mais uma vez consideramos um capital inicial de 10000€.
A realidade é que apostar 10% do nosso capital é muito arriscado nos pares cambiais. Com 10 trades perdedores consecutivos, podemos observar que a conta deixa de ter capital, o que é francamente desapontante para esse investidor. Existe uma probabilidade grande que 10 trades perdedores consecutivos existam. Basta pensar que o investidor não está a seguir o seu plano delineado, não está a ser feita uma correta análise ou então que simplesmente os mercados financeiros estejam num mau trimestre.
Um investimento de 5% por trade já nos dá uma almofada maior, mas com 20 trades consecutivos para que o investidor perca a totalidade do capital investido, ainda é algo que não se encontra muito bem na minha gestão do risco pessoal.
Já o investimento de 2% nos deixa com 50 trades negativos para que a conta fique a 0. É uma boa opção dado que estamos a fazer uma boa gestão do risco, ao deixar que o investidor se aperceba que o seu plano de trading poderá não ser o melhor ou que não esteja a seguir o seu plano. Esta almofada dá ao investidor a possibilidade de se aperceber que alguma coisa está a correr mal e mudar a estratégia a tempo de recuperar algum capital perdido.
Finalmente o investimento de 1% é o mais seguro, mas ao mesmo tempo o que poderá dar menos rendimento no longo prazo. Com 100 trades para a conta chegar a 0, é um tipo de gestão de risco aconselhado para os investidores mais aversos ao risco, mas que ainda assim queiram investir nos pares cambiais.
Assim, cabe ao investidor escolher a estratégia que lhe dá um risco beneficio interessante para a sua conta e para o seu plano de trading.

Margin Call

O Margin Call, ou a margem mínima de manutenção, é uma forma de protecção do investidor. Todas as contas de trading normalmente têm este tipo de protecção, completamente gratuita. Por norma os investidores com menos conhecimentos não gostas desta protecção porque lhes fecha as posições sem que os clientes queiram, mas é um mecanismo que lhes serve para proteger a sua conta de possíveis perdas.
Como é um conceito algo complexo, vamos dar um exemplo:
Imaginemos um investidor com €1000 de capital depositado num corretor com uma margin call de 35% e uma alavancagem de 1:10. Com isto, o investidor utiliza os €10000 que tem para investir numa acção muito volátil (sendo que €1000 é do investidor e €9000 do corretor).
No dia seguinte o investidor abre a sua plataforma e vê que o seu investimento desvalorizou 7%. As acções valiam agora €9300, sendo que o investidor ficou com €300 na sua conta (perdeu os seus €700, apesar de continuar com um empréstimo ao corretor no valor de €9000).
Infelizmente a plataforma de trading tinha um aviso. O investidor apenas tem um dia para colocar mais €50 na conta, ou a corretora está no direito de fechar a sua ordem, de forma a proteger as perdas do investidor. Vemos que o investidor apenas ficou com 30% do capital investido, mas a corretora obriga a que os clientes tenham no mínimo 35% de forma a assegurar que os seus clientes não percam mais do que o valor inicialmente investido.
Neste caso podemos observar que o investidor não teve uma correta gestão do risco, podendo vir a ser castigado com uma perda de 700€ caso não deposite €50.

Notas Finais

Antes de começar a investir em mercados financeiros é necessário avaliarmos a nossa gestão do risco. Uma gestão do risco eficiente irá prolongar o sucesso dos investimentos, prevenindo perdas avultadas e permitindo a correta avaliação do nosso plano de investimento.
Nunca é demais dizer que o investimento em pares cambiais ou em futuros poderá significar perdas superiores ao capital investido.




terça-feira, 19 de julho de 2016

Como diversificar os nossos investimentos

A diversificação é um dos factores mais importantes para garantir a maior eficiência da nossa carteira. Como existem sempre algumas dúvidas sobre esse assunto, hoje faço uma ligeira introdução ao tema.

Exemplo

Imaginemos que temos uma acção B que queremos investir. Essa acção é de um sector que queremos ter na nossa carteira. Tem um rendimento bastante interessante, mas também tem um risco equivalente. Apresentamos em baixo o gráfico de rendibilidade e risco.

De forma a não passarmos de um rendimento de 2% para uma perda de 5%, é necessário diminuir o risco investindo noutra acção desse mesmo sector, mas com menos volatilidade. Chamemos a essa acção A. A rendibilidade de A e a volatilidade estão na tabela em baixo.
 A volatilidade é metade da acção anterior, mas ainda assim temos alguns períodos negativos. Os períodos positivos revelam uma acção com menos risco, mas também revela menos rendimento para os seus investidores. Ainda assim, esta acção é fundamental para garantir uma boa eficiência nesta carteira composta por duas acções. Em baixo é apresentado a diversificação entre as duas acções, admitindo que este investidor investiu colocou o mesmo capital nas duas acções.
 É evidente que a acção A prejudica a nossa carteira, em relação aos rendimentos positivos, mas beneficia a carteira em períodos negativos. Não podemos ser gananciosos e querer ganhar o máximo, deveremos sim querer ganhar o suficiente para o risco que estamos a assumir (ser eficientes), como se pode ver nesta carteira. A volatilidade da nossa carteira está a uns estáveis 2,80%, ao mesmo tempo que a rendibilidade foi estabilizada.
No gráfico em baixo temos a rendibilidade das duas acções em cima. A linha amarela representa a rendibilidade ao diversificarmos, em detrimento de termos apenas uma das acções na nossa carteira.
Acima de tudo, diversificar traz vantagens, mas também desvantagens. Vamos verificar então os dois espectros da diversificação.

Vantagens

  • Diminui o risco da nossa carteira;
  • Previne a perda de capital caso uma das empresas esteja com dificuldades: A Apple tem estado com problemas relativamente a terem falhado as expectativas dos analistas. Com a diversificação teríamos uma perda menor dado que teríamos mais empresas do setor na carteira;
  • Permite estabilizar a rendibilidade global da nossa carteira;
  • Dá mais valias proporcionais aos diferentes sectores de mercado;
  • Facilidade de diversificação com baixo capital: Os ETF's e os fundos de investimento são ideais para diversificarmos os nossos investimentos;
  • Permite ajustar a agressividade do portefólio: Podemos definir uma percentagem para ajustar a agressividade do portefólio. Portefólios mais agressivos colocam mais capital em acções mais arriscadas.

Desvantagens

  • É necessário equilibrar o portefólio: A cada ano que passa, dado que uma acção dá mais rendibilidade que outra, teremos de vender algumas acções de uma delas para manter a percentagem de investimento em cada uma;
  • Alguma perda de rendibilidade: Dado que diversificamos, as acções com mais rendibilidade vão ser diluidas por acções com menos rendibilidade;
  • Custos de transacção: No caso em que o investimento seja em acções diretas, a cada acção que colocamos na carteira estamos a aumentar os custos de transacção. É, por isso, ideal diversificar através de fundos de investimento ou ETF's.

Notas Finais

Pudemos observar que a diversificação é um tema crucial para o bom desempenho dos nossos investimentos. Uma diversificação deficiente poderá comprometer ganhos futuros e, inclusive, significar perda de capital. Assim, é fundamental diversificarmos através de um conjunto de acções, de setores ou de países, para garantir o sucesso dos nossos investimentos.