quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Uma Lição de História sobre Diversificação

Todos sabemos da importância da diversificação, e até eu já fiz alguns textos a falar sobre diversificação, mas hoje é diferente. Hoje vamos ter uma lição de história, a realidade da diversificação.
Um investidor inexperiente pode falar que a diversificação não vale a pena. Ele comprou umas unidades do ETF do S&P500 nos últimos anos e aquilo tem estado sempre a subir, portanto nem sequer pensa em diversificar através de depósitos a prazo ou de obrigações governamentais.

A tabela em cima mostra a performance entre as diferentes classes de ativos. O que está em cima rendeu mais e cada classe de ativos tem a sua própria cor.
Podemos observar que a classe das Commodities teve retornos horríveis nos últimos anos. A crise mundial de 2008 mexeu muito com os preços e procura nesta classe de ativos. Já em 2016 houve um aumento dado o aumento pelas construções e gastos que os governos e empresas estão a fazer.
As Ações são outra classe de ativos que levaram uma cacetada em 2008 e em 2011 com a crise económica mundial. Em 2017 as ações recuperaram todas as perda desses anos, estando até acima dos valores de 2008.

Sem Diversificação:

Se um investidor tivesse comprado €100 em Commodities em 2011, iria chegar a 2015 com €49 em carteira. O retorno anual para esse investimento é de -13,5%. Mesmo com o retorno em 2016, a carteira aumentou para €54.
Já um investimento de €100 em Ações no ano de 2011 iria chegar a 2016 com uma carteira avaliada em €170. Isto traduz-se num retorno anual de 9,2%.

Com Diversificação:

Dado que é impossível prever a classe de ativos que vai ter um retorno mais atrativo todos os anos, é preferível diversificar os investimentos.
Assim, se um investidor em 2011 investir €50 em Commodities e Ações, vai chegar a 2015 com um lucro de €3,20, em vez de perder €51 por investir apenas em Commodities.