Mostrar mensagens com a etiqueta poupança. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta poupança. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

20 Coisas a não fazer para investirmos mais dinheiro

Como já disse anteriormente noutros posts, quanto mais dinheiro conseguirmos poupar, mais capital temos para investir. Neste post vamos falar sobre algumas coisas que não deveremos fazer para termos mais capital para investir.

  1. Não tenham inveja dos investidores de Hedge Funds;
  2. Não paguem os cartões de crédito com uma percentagem inferior a 100%;
  3. Não confiem em gestores de contas;
  4. Não se esqueçam que, com um retorno maior o risco também é maior;
  5. Não comprem uma casa se pensarem em vender nos próximos 5 anos porque mudaram de cidade;
  6. Não invistam 100% em acções ou obrigações, diversifiquem;
  7. Não comprem seguro de cancelamento de viagem;
  8. Não comprem Ofertas Públicas de Subscrição (Conhecido como OPA, IPO, ou OPS);
  9. Não façam trading de ETF's;
  10. Não comprem nenhum ETF's com uma despesa anual superior a 0,50%;
  11. Não assumam que são mais espertos que o mercado;
  12. Não invistam em acções com base nas escolhas dos vossos familiares, da TV ou do vosso e-mail;
  13. Não comprem uma extensão de garantia;
  14. Não façam day-trade;
  15. Não comprem uma casa maior do que as vossas necessidades;
  16. Não se esqueçam da inflação;
  17. Não invistam com base em performances passadas, na esperança que se repitam no futuro;
  18. Não invistam dinheiro que não possam perder;
  19. Não esperem que as acções rendam 10% ao ano, mesmo no longo prazo;
  20. Não emprestem dinheiro aos vossos familiares se necessitarem dele.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Quem Poupa Mais - Os Americanos ou os Europeus?

Um artigo de Janeiro de 2017 do Market Watch falava sobre as capacidades de poupança dos Americanos e dos Europeus. O artigo não só fala que os Americanos são maus a poupar dinheiro, mas ainda refere que os Europeus estão numa situação bastante pior.
Para além disso, o artigo refere-se a um gráfico feito pelo banco Alemão:

O estudo culpa as baixas taxas de juro dos depósitos a prazo. Com uma taxa de juro tão baixa os aforradores não vêm vantagens em poupar para receber tão pouco. Aparentemente a descida das taxas de juro cumpriu um dos objetivos do BCE, o de promover o consumo em vez da poupança.

No entanto, apesar destes gastos estarem a fomentar a economia, isto pode trazer consequências mais à frente. A poupança é essencial para fazer face a problemas futuros, como desemprego ou gastos não previstos (despesas médicas, sinistro automóvel, entre outros).

Problemas com o Estudo

No entanto o estudo apresenta diversos problemas. Não só apenas se baseia numa questão vaga (não refere valores e a amostra é muito pequena), como também não refere o facto de poupar nos EUA ser muito mais importante que poupar na Europa.
Na Europa teremos sempre um rendimento garantido quando nos reformarmos. Apesar de não ser um valor muito elevado, podemos sempre complementar com uma eventual poupança que tenhamos feito durante a sua vida. Já nos EUA a poupança é a maior fonte de rendimento quando se entra na idade da reforma. Infelizmente os cidadãos dos EUA estão muito mais dependentes da sua poupança do que nós Europeus.
Mas, e cá em Portugal? Poupamos muito ou pouco?
Felizmente o website da Pordata tem estatísticas referentes à poupança das famílias. Desde que o Euro entrou em circulação, o nosso país tem conseguido níveis de poupança bastante interessantes. Infelizmente, com a crise económica e a entrada do FMI em Portugal no ano de 2011, todos sabemos as famosas reformas ruinosas que foram feitas no nosso país. A elevada carga fiscal sobre as famílias fez com que os rendimentos deixassem de conseguir fazer face às despesas.
Portugal ficou cheio dos chamados "novos pobres". As famílias recebiam ordenados mas não conseguiam pagar os empréstimos à habitação e automóvel. O efeito bola de neve causou efeitos nefastos na média da poupança das famílias, como podem ver pelo gráfico em cima.
Para além disso, podemos ver que Portugal está a aproveitar as baixas taxas de juro para consumir em vez de poupar para o futuro. A nossa economia está a crescer, mas os resultados futuros ainda estarão para vir.

Notas Finais

Poupar é bastante importante quando estamos a fazer investimentos. Os reforços na nossa carteira de investimentos poderão trazer frutos muito interessantes nas nossas vidas futuras. A realidade é que, ao pouparmos, estamos também a investir num consumo futuro.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Investir em PPR's

Hoje é dia de falarmos sobre mais uma diversificação na nossa carteira de investimentos, os Planos Poupança Reforma. Os PPR são planos oferecidos muitas vezes pelos gestores de conta, de forma a dar um rendimento maior às nossas poupanças.

Infelizmente a maioria dos PPR não é uma boa alternativa de investimento aos comuns depósitos a prazo. Um artigo do Observador, lançado em Maio de 2017 refere isso mesmo: Proteja a sua reforma. Só há dois PPR que merecem o seu dinheiro.

Nos bancos mais comuns, os PPR dão mais rendimento à entidade bancária que os depósitos a prazo, e infelizmente existem casos de gestores de conta que têm como objetivo vender 5 ou 6 PPR por mês. Muitas vezes os gestores de conta aliciam as pessoas mais idosas, propondo até que façam um PPR por cada filho, ou para os familiares todos (assim os gestores de conta cumprem os objetivos com uma rapidez impressionante). Mas, se estes produtos fossem bons, estariam a ser colocados como objetivos de venda? Claro que não!

A maioria dos PPR têm muitas desvantagens, vamos enumerar:

  1. Não são protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos: Todos os PPR têm a garantia prestada diretamente através das seguradoras, ou seja, não estão abrangidos pelo FGD. No entanto, alguns PPR poderão estar abrangidos através do Sistema de Indemnização aos Investidores;
  2. Rendimento Mínimo Garantido: Quem já subscreveu um PPR com rendimento mínimo garantido deve já ter reparado que esse rendimento mínimo desceu consideravelmente com o passar dos anos. Infelizmente os PPR comercializados indicam um rendimento mínimo garantido de X% para o ano que está a ser comercializado, e depois têm toda a autonomia para definirem o rendimento mínimo garantido para os anos seguintes. É raro os investidores resgatarem os PPR até porque isso tem comissões e custos fiscais;
  3. Comissões Exageradas: Os PPR têm comissões para tudo. Sejam elas comissões de depósito, comissões de resgate, comissões de gestão, comissões de transferência, etc. Estas comissões todas retiram a maioria dos ganhos aos investidores;
  4. Capital Garantido: Nem todos os PPR têm capital garantido. Infelizmente alguns gestores não informam os clientes sobre essa situação, o que os pode penalizar bastante.
Apesar destas desvantagens enumeradas, convém que o investidor esteja perfeitamente ciente de todas as comissões que lhe poderão ser aplicadas, e não confiar na palavra do seu gestor de conta. Infelizmente os gestores de conta apenas gostam de informar os clientes sobre as vantagens dos produtos (omitindo as comissões) apenas para cumprirem os seus objetivos.

Vantagens Fiscais

Felizmente os investidores são favorecidos no que toca às vantagens fiscais que têm ao subscrever e deter um PPR. Desde vantagens fiscais nos depósitos às vantagens no resgate, convém que o investidor saiba os montantes máximos para aumenta a sua eficiência fiscal. Poderia estar aqui a enumerar os códigos mas é melhor colocar uma tabela de fácil consulta.

Pelos depósitos em PPR os investidores têm de ter cuidado com os limites enumerados em cima. Alerto para o facto de que existe um limite máximo também pela idade, e não só pelo rendimento. Infelizmente conheço casos de gestores de conta que aliciaram investidores para depositar montantes maiores pelas vantagens fiscais, mas depois esses clientes ultrapassavam largamente os limites.
Uma grande vantagem dos PPR é a de resgate antecipado sem penalização (nos PPR com comissões elevada) nos casos de desemprego, incapacidade ou de doença grave. O estado também lhe dá uma vantagem fiscal, baixando a taxa de imposto sobre o rendimento.
Para os outros casos, o resgate a qualquer momento tem as mesmas comissões que os resgates dos fundos/depósitos de capitalização. Como podem ver existe uma vantagem fiscal muito grande face aos 28% de mais valias tributadas nos depósitos a prazo ou acções.
Assim sendo passamos para os melhores PPR a escolher.

Com Garantia de Capital

O Observador refere o Lusitania PPR. Apesar deste fundo dar uma taxa de 1,5%, este produto tem uma comissão máxima de subscrição de 2% o que pode "comer" todos os rendimentos desse ano. Na altura que procurei por PPR encontrei um muito melhor, com possibilidade de subscrição no Novo Banco e no Banco Best.
O Novo banco PPR Renda Mensal I, II, III e IV garantiam rendimentos anuais entre 2,75% e 4% em 2017. Como não estavam previstas comissões de subscrição nem de reembolso, este produto era muito mais interessante que o Lusitania PPR. É uma questão dos investidores estarem atentos para novas versões desse produto no Novo Banco ou no Banco Invest.

Sem garantia de Capital

Claro que não poderia referir outro PPR. O meu PPR favorito é claramente o Alves Ribeiro PPR.
Este PPR já ganhou diversos prémios e é reconhecido em Portugal e na Europa como um dos melhores fundos PPR para se ter em carteira. É verdade que não existe garantia de capital, mas isso possibilita a que existam ganhos muito maiores.
Podem ver que o fundo perdeu algum valor nos anos de 2008, 2011, 2015 e manteve no ano de 2016. Ainda assim, este fundo consegue rendimentos muito maiores do que os fundos com garantia de capital e ainda tem vantagens fiscais para quem o tem em carteira!
Podem ver a rendibilidade anuais para verificarem o que eu vos estou a dizer. Este PPR tem uma rendibilidade anualizada de 7,0% e 17,2% nos últimos três e cinco anos. Não existem outro fundo que tenha esse tipo de rendimento e, para além disso, este fundo tem outra vantagem. Como o fundo foi afetado por ter algum papel comercial do GES, caso exista uma resolução a favor dos investidores este fundo poderá beneficiar ainda desse rendimento que nem estava previsto.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Curiosidades sobre as nossas Poupanças

Hoje inicio uma nova rúbrica sobre o investimento mais importante que temos, o investimento para a nossa reforma.
Antes de entrar num tema bastante complicado e aborrecido, começo por curiosidades sobre as nossas poupanças. Neste artigos vamos, então, analisar os benefícios de reforçar os nossos investimentos, a diferença entre os valores a reforçar e, o mais importante de tudo, a diferença que faz entre um investimento passivo e um investimento ativo.

Pressupostos

Durante a nossa vida encontramos fases em que é bastante difícil poupar. Comprar carro, ter filhos, comprar uma casa e casar são fases importantes da nossa vida. Já para os investimentos não são tão bons, já que não ajudam a constituir um bom pé de meia para a nossa reforma.
Mas isso não é impedimento de nada. É neste artigo que vemos como é fácil poupar e chegar a um bom pé de meia.
Assim sendo, assumimos que a pessoa vai começar a poupar aos 30 anos, com 1000€ e, 30 anos mais tarde (aos 60 anos) veremos os resultados que apenas 1000€ podem fazer.
Vamos assumir que o seu investimento terá um rendimento de 10% ao ano. É verdade que nalguns anos é possível perder dinheiro mas, ao observarmos o investimento no seu todo, o rendimento anualizado é de 10%.

Reforçar o Investimento vs. Não Reforçar

Reforçar os nossos investimentos é fundamental para o sucesso da nossa carteira, no longo prazo. Ao reforçarmos estamos a colocar mais capital na nossa carteira, aumentando a nossa valorização e, assim, o nosso valor final. O gráfico abaixo elucida a diferença entre reforçar e não reforçar.



Basta observar o gráfico para se notar uma enorme diferença. Durante 30 anos estes foram os resultados de reforçar 100€ ao fim de cada ano:
Com Reforço: 35543,74€
Sem Reforço: 19194,34€
Diferença: 16349,40€

De forma resumida, em 30 anos poupar 100€ por ano e reforçar o nosso investimento quase que duplica o valor final. É muito interessante ver o que uma centena de euros faz ao longo de tanto tempo.

Qual é o Valor a Reforçar?

Uma vez que já observámos os benefícios de reforçar a nossa carteira, vamos aumentar um pouco a complexidade do reforço. Desta vez vamos imaginar que conseguimos poupar, por ano, 200€. Desta vez estamos a poupar o dobro e, em contrapartida, apenas vamos poupar essa quantia nos primeiros 15 anos. Os outros Dos 45 aos 60 anos não vamos poupar nada, gastando todo o salário que ganhámos.


 A reta azul mantém-se com o reforço de 100€ durante os 30 anos, enquanto que a reta verde é a situação explicada em cima. Vamos ao valor final:
Com reforço de 100€: 35543,74€
Com reforço de 200€ nos primeiros 15 anos: 45738,65€
Diferença: 10194,91€

O valor a reforçar é tão importante como o ato de reforçar os investimentos. Só o facto de reforçarmos o dobro no inicio do nosso investimento traduz-se em mais de 10000€ no final do nosso investimento.

Investimento Passivo vs. Investimento Ativo

Quem costuma ler o meu blogue sabe que estou sempre a reforçar a diferença entre dois tipos de investimento. O investimento ativo, que quase todos conhecemos, e o investimento passivo, que poucos conhecem. O investimento ativo (ex: Fundos de investimento) é um tipo de investimento em que os gestores tentam bater o mercado em que competem. Já o investimento passivo (vulgos ETF's ou investimento direto em ações) segue apenas as tendências do mercado. O investimento ativo, por ser um investimento que tenta bater o mercado, cobra comissões de gestão sobre os ganhos ou perdas (2% ou 3% e alguns casos que chega aos 5%). Para este caso, a comissão de gestão será de 2% sobre o rendimento). Assim sendo, este gráfico mostra a diferença entre os dois investimentos.
No longo prazo é certo e sabido que um gestor ativo não consegue bater o mercado, o que se traduz numa perda para os investidores. Ainda assim, vamos assumir que um gestor ativo consegue igualar o mercado que tenta bater. Assim sendo, o investimento ativo terá um rendimento de 10% (o mesmo que a % de rendimentos em cima) e o investimento passivo terá um rendimento de 12% (esse rendimento corresponde ao rendimento que o mercado teve, mas sem uma comissão de gestão de 2%).

Este ganho de 2% traduz-se em:
Investimento Ativo: 35543,74€
Investimento Passivo: 57688,38€
Diferença: 22144,64€

Os instrumentos financeiros utilizados assumem uma posição dominante no valor final da carteira de investimento. A diferença de 2% ao longo de 30 anos causam uma diferença de mais de 22000€.

Nota Final

Espero que este artigo vos tenha elucidado sobre o tema aborrecido, mas importante, que é a nossa poupança para a reforma. Com os dados deste artigo é garantido que melhorem a eficiência do vosso portefólio.