No passado mês de Março recebi um mail do BCP com uma newsletter muito interessante. Confesso que normalmente não as leio, mas esta newsletter serviu para falar sobre o tema de hoje.
Hoje vamos falar sobre dividendos nas acções Portuguesas.
Normalmente sou averso aos dividendos pois os dividendos é sinonimo de várias coisas. Não só pagamos mais valias como também pagar dividendos numa empresa que está em crescimento não faz sentido. Para além disso, a acção desconta a percentagem do dividendo. No entanto, a investigação do BCP chegou à conclusão que a acção não desconta o equivalente ao dividendo.
Citando a newsletter do BCP que refere este fenómeno:
"Teoricamente, a ação deveria descontar o efeito dividendo e cair em linha com a dividend yield respetiva. Surpreendentemente, ou não, este efeito acaba por ser positivo em todas as ações enquadradas no estudo, com a cotação a descontar menos que o dividendo absoluto, gerando o que chamamos na tabela abaixo de 'Ex Div Effect' positivo. As empresas que mais denotam este perfil são Sonae Capital, Corticeira Amorim, CTT e Sonae."
A tabela em cima mostra o Ex Dividend Effect positivo nas cotadas Portuguesas. Com isto em mente, as cotadas Portuguesas são ideais para investir tendo em consideração os dividendos, pois o nosso capital é remunerado a uma percentagem superior aos depósitos a prazo. Isto claro, considerando que o preço da acção não desce abaixo do preço de compra.
A ajudar ao texto que estou a escrever, a newsletter apresenta ainda este gráfico, que compara o Dividend Yield do nosso PSI-20 e do índice Euro Stoxx. Como podem observar o nosso índice é, na maior parte das vezes, mais atrativo que o índice da Euro Stoxx.
Em termos de percentagens absolutas, a newsleteer refere que o histórico nestes últimos 12 meses tem sido de 4% para o PSI-20 e 3,3% para o índice Euro Stoxx.