quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Investir em PPR's

Hoje é dia de falarmos sobre mais uma diversificação na nossa carteira de investimentos, os Planos Poupança Reforma. Os PPR são planos oferecidos muitas vezes pelos gestores de conta, de forma a dar um rendimento maior às nossas poupanças.

Infelizmente a maioria dos PPR não é uma boa alternativa de investimento aos comuns depósitos a prazo. Um artigo do Observador, lançado em Maio de 2017 refere isso mesmo: Proteja a sua reforma. Só há dois PPR que merecem o seu dinheiro.

Nos bancos mais comuns, os PPR dão mais rendimento à entidade bancária que os depósitos a prazo, e infelizmente existem casos de gestores de conta que têm como objetivo vender 5 ou 6 PPR por mês. Muitas vezes os gestores de conta aliciam as pessoas mais idosas, propondo até que façam um PPR por cada filho, ou para os familiares todos (assim os gestores de conta cumprem os objetivos com uma rapidez impressionante). Mas, se estes produtos fossem bons, estariam a ser colocados como objetivos de venda? Claro que não!

A maioria dos PPR têm muitas desvantagens, vamos enumerar:

  1. Não são protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos: Todos os PPR têm a garantia prestada diretamente através das seguradoras, ou seja, não estão abrangidos pelo FGD. No entanto, alguns PPR poderão estar abrangidos através do Sistema de Indemnização aos Investidores;
  2. Rendimento Mínimo Garantido: Quem já subscreveu um PPR com rendimento mínimo garantido deve já ter reparado que esse rendimento mínimo desceu consideravelmente com o passar dos anos. Infelizmente os PPR comercializados indicam um rendimento mínimo garantido de X% para o ano que está a ser comercializado, e depois têm toda a autonomia para definirem o rendimento mínimo garantido para os anos seguintes. É raro os investidores resgatarem os PPR até porque isso tem comissões e custos fiscais;
  3. Comissões Exageradas: Os PPR têm comissões para tudo. Sejam elas comissões de depósito, comissões de resgate, comissões de gestão, comissões de transferência, etc. Estas comissões todas retiram a maioria dos ganhos aos investidores;
  4. Capital Garantido: Nem todos os PPR têm capital garantido. Infelizmente alguns gestores não informam os clientes sobre essa situação, o que os pode penalizar bastante.
Apesar destas desvantagens enumeradas, convém que o investidor esteja perfeitamente ciente de todas as comissões que lhe poderão ser aplicadas, e não confiar na palavra do seu gestor de conta. Infelizmente os gestores de conta apenas gostam de informar os clientes sobre as vantagens dos produtos (omitindo as comissões) apenas para cumprirem os seus objetivos.

Vantagens Fiscais

Felizmente os investidores são favorecidos no que toca às vantagens fiscais que têm ao subscrever e deter um PPR. Desde vantagens fiscais nos depósitos às vantagens no resgate, convém que o investidor saiba os montantes máximos para aumenta a sua eficiência fiscal. Poderia estar aqui a enumerar os códigos mas é melhor colocar uma tabela de fácil consulta.

Pelos depósitos em PPR os investidores têm de ter cuidado com os limites enumerados em cima. Alerto para o facto de que existe um limite máximo também pela idade, e não só pelo rendimento. Infelizmente conheço casos de gestores de conta que aliciaram investidores para depositar montantes maiores pelas vantagens fiscais, mas depois esses clientes ultrapassavam largamente os limites.
Uma grande vantagem dos PPR é a de resgate antecipado sem penalização (nos PPR com comissões elevada) nos casos de desemprego, incapacidade ou de doença grave. O estado também lhe dá uma vantagem fiscal, baixando a taxa de imposto sobre o rendimento.
Para os outros casos, o resgate a qualquer momento tem as mesmas comissões que os resgates dos fundos/depósitos de capitalização. Como podem ver existe uma vantagem fiscal muito grande face aos 28% de mais valias tributadas nos depósitos a prazo ou acções.
Assim sendo passamos para os melhores PPR a escolher.

Com Garantia de Capital

O Observador refere o Lusitania PPR. Apesar deste fundo dar uma taxa de 1,5%, este produto tem uma comissão máxima de subscrição de 2% o que pode "comer" todos os rendimentos desse ano. Na altura que procurei por PPR encontrei um muito melhor, com possibilidade de subscrição no Novo Banco e no Banco Best.
O Novo banco PPR Renda Mensal I, II, III e IV garantiam rendimentos anuais entre 2,75% e 4% em 2017. Como não estavam previstas comissões de subscrição nem de reembolso, este produto era muito mais interessante que o Lusitania PPR. É uma questão dos investidores estarem atentos para novas versões desse produto no Novo Banco ou no Banco Invest.

Sem garantia de Capital

Claro que não poderia referir outro PPR. O meu PPR favorito é claramente o Alves Ribeiro PPR.
Este PPR já ganhou diversos prémios e é reconhecido em Portugal e na Europa como um dos melhores fundos PPR para se ter em carteira. É verdade que não existe garantia de capital, mas isso possibilita a que existam ganhos muito maiores.
Podem ver que o fundo perdeu algum valor nos anos de 2008, 2011, 2015 e manteve no ano de 2016. Ainda assim, este fundo consegue rendimentos muito maiores do que os fundos com garantia de capital e ainda tem vantagens fiscais para quem o tem em carteira!
Podem ver a rendibilidade anuais para verificarem o que eu vos estou a dizer. Este PPR tem uma rendibilidade anualizada de 7,0% e 17,2% nos últimos três e cinco anos. Não existem outro fundo que tenha esse tipo de rendimento e, para além disso, este fundo tem outra vantagem. Como o fundo foi afetado por ter algum papel comercial do GES, caso exista uma resolução a favor dos investidores este fundo poderá beneficiar ainda desse rendimento que nem estava previsto.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Depósitos Indexados - Banco Invest

Estamos a viver numa era em que as taxas de juro dos depósitos a prazo pelos bancos está perto dos 0%. Com uma inflação prevista de 1,5% para o ano de 2017, os investidores têm de se virar para outras classes de ativos só para não perderem capital.

Apenas existem dois bancos que fazem depósitos indexados, são eles o Banco Invest e o Banco Carregosa. Pessoalmente prefiro o Banco Invest, pois as temáticas dos investimentos são mais interessantes, assim como a taxa de juro.

Como Funciona:

Os depósitos indexados do Banco Invest colocam o investidor em classes de ativos com mais risco sem correr esse mesmo risco da classe de ativos. Ou seja, o investidor pode ter o rendimento da classe de ativos se subirem mas, se baixarem, não sofre perda de capital.
A taxa de juro máxima e mínima é conhecida logo ao inicio, assim como o prazo e os ativos subjacentes que vão estar indexados a este depósito.

Taxa de Sucesso:

Felizmente o website do Banco Invest permite ter acesso aos reembolsos de depósitos indexados, desde 2012. Dos 49 depósitos indexados, apenas 14 tiveram um reembolso de 0%. Isto indica que 28% dos depósitos tiveram um retorno nulo. Isto são resultados muito positivos, tendo em conta que a TANB máxima reembolsada já chegou a ser 11,71%.

Condições:

Nestes depósitos indexados existem sempre a garantia de capital. Podem existir situações em que o depósito até dá uma TANB positiva mesmo que os pressupostos não se cumpram. Já apanhei depósitos indexados com reembolso antecipado do depósito caso os pressupostos estejam cumpridos antes do fim do prazo do depósito. Aqui a única desvantagem é o facto de não ser possível fazer uma mobilização antecipada.

Notas Finais:

Pessoalmente acredito que este tipo de depósitos é bastante interessante, principalmente quando os depósitos a prazo estão a oferecer taxas quase nulas pelo meu capital. A nós, investidores, cabe-nos alocar o nosso dinheiro onde nos for mais rentável.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O Perigo de Alavancagem com as Cryptocurrencies

Depois de termos falado aqui sobre os perigos da alavancagem, hoje vamos focar um tema mais recente, as Cryptocurrencies. As Cryptocurrencies ganharam bastante notoriedade nos últimos meses graças à ganancia de "investidores" que estão à espera de um lucro fácil. As corretoras de bolsa criaram oferta para este aumento da procura repentino, oferecendo instrumentos para negociar as moedas mais famosas.
O problema disto é o facto dos "investidores" não saberem o que é o Risco e o conceito de avaliação de um investimento. Ora, se esta nova rede de "investidores" não sabe isso, porque razão haveria de saber o conceito de alavancagem?
Infelizmente a maioria dos investidores perde dinheiro a transaccionar pares cambiais, e a volatilidade dessa classe de  ativos não se compara com a volatilidade do Bitcoin ou do Ethereum.
No gráfico em cima, retirado daqui, podemos comparar a volatilidade do par cambial mais liquido do Forex (USD/EUR) a amarelo com a volatilidade do Bitcoin e do Ethereum, a azul e verde.
Podemos ver que, por dia, a volatilidade chega a ultrapassar os 5% para o Ethereum e anda por volta dos 2% no Bitcoin. A volatilidade neste tipo de ativos é bastante grande, por isso não é aceitável utilizar alavancagem. Para se utilizar a alavancagem teremos de ter cuidado em ter uma gestão de risco muito conservadora. Infelizmente nem todos os "investidores" podem ter conhecimento sobre isto, por isso é que eu alerto por preocupação de perdas totais do capital investido.
O mercado das Cryptocurrencies valia $117 mil milhões apenas há um mês atrás. A 13 de Julho o mesmo mercado valia $88 mil milhões. Não é possível olhar para o lado para esta desvalorização, infelizmente. Podem ver a capitalização de mercado de todas as Cryptocurrencies aqui.

Notas Finais

O investimento com alavancagem poderá significar perdas totais do capital investido. Em períodos de elevada volatilidade os investidores poderão perder mais do que todo o montante investido. No caso de investirem nesta classe de ativos com alavancagem, aconselha-se uma gestão do risco muito cautelosa e conservadora.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Imagens da Plataforma de Trading DeGiro

Já falei sobre a DeGiro aqui e aqui, mas hoje venho mostrar-vos algumas imagens reais da plataforma de trading. Como sabem, a DeGiro é a plataforma de trading mais barata a operar em Portugal e está presente em diversos países da Europa.
Então vamos lá começar.

Página Inicial

Esta é a página que temos quando fazemos o login na plataforma. Temos acesso ao total da nossa conta, o valor dos investimentos em carteira e na conta, a diferença diária e ao espaço livre. O espaço livre é o valor que nos resta para comprar ou vender um ativo. Como não tenho produtos negociados em margem, o valor é igual ao valor da conta.

Barra de Navegação


A barra de navegação no topo permite-nos aceder aos diversos menus que a plataforma nos dá. No caso do menu em cima podemos aceder a todos os tipos de produtos oferecidos pela plataforma, dividido por país ou por bolsa.

Lista de Ativos

Depois de seleccionarmos uma classe de ativos e bolsa, chegamos à lista de ativos que podemos investir. Nessa lista podemos ver os últimos preços, diferença, volume, entre outras coisas parecidas às outras plataformas.

Análise do Ativo

Depois de passarmos a lista podemos observar o ativo mais detalhadamente. Temos acesso a um gráfico com a possibilidade de seleccionarmos vários horizontes temporais, temos a profundidade das ordens (quantidade e preço nas ordens de venda e compras pendentes), assim como o volume.

Painel de Ordens

Depois de seleccionarmos a ação para comprarmos, temos acesso ao painel de ordens. Podemos escolher se queremos comprar ou vender, que tipo de ordem (ordem limite, stop, take profit ou ao mercado), o preço e a quantidade. Na ordem ao mercado seleccionamos apenas a quantidade e aparece uma estimativa do montante em baixo. No fim escolhemos a duração da ordem e lançamos a ordem para o mercado.

Ativos em Carteira

Por fim chegamos aos ativos em carteira. Podem observar que agora tenho ações dos CTT e CWH, assim como um ETF de Ouro. Nesta lista de ativos em carteira temos acesso à quantidade que compramos, resultado do dia em euros, a diferença diária em percentagem e o total em carteira. Este valor é o valor que aparece no total em carteira na página inicial.

Abra a sua conta na DeGiro hoje: https://www.degiro.pt/