Hoje apresento aos meus leitores a Raize.
Esta plataforma de investimentos existe desde 2014 e começou a ficar conhecida depois de ter sido finalista no prémio de inovação da NOS em 2015. Este não foi o único prémio ganho por esta plataforma, tendo conseguido vencer o prémio de Start-Up do ano, entregue pela ACEPI - Associação da Economia Digital em Setembro de 2015.
Antes de falarmos sobre a plataforma em si, temos de ter em conta a posição dos bancos no financiamento das empresas. Cerca de 40% das PME's (Pequenas e Médias Empresas) financiam-se junto dos bancos com montantes inferiores a 20.000€. Os bancos vão buscar estes montantes aos depósitos a prazo e outros produtos de baixo risco, depositados pelos clientes. Efectivamente os depositantes do banco recebem cerca de 1,5% do valor depositado (o que, às vezes, nem chega para a inflação) e o banco cobra às empresas cerca de 10%. O banco ganha a diferença entre os dois empréstimos. O problema começa com os bancos a cortarem estes financiamentos, colocando as empresas mais limitadas para se financiarem.
É aqui que a Raize entra. Esta plataforma de empréstimos P2B (Person to Business) é uma revolução em Portugal cortando o intermediário (o banco). Assim, as empresas financiam-se a uma taxa mais baixa e os depositantes ganham um montante superior. Do lado das empresas, apenas é necessário que as mesmas não tenham dividas ao fisco. A Raize torna-se, assim, na 1ª bolsa de empréstimos coletivos em Portugal.
Observando as estatísticas do website, podemos observar que existem cerca de 4300 membros a financiarem as empresas. a TANB (Taxa Anual Nominal Bruta) média é de 6,3% e o montante já financiado ultrapassa 1.500.000€.
A plataforma apresenta uma TANB sugerida em cada empréstimo, sendo esta taxa calculada de acordo com o balanço, a demonstração de resultados e a duração do empréstimo. Os utilizadores também podem ver o relatório completo da empresa dos últimos três anos, assim como o histórico de empréstimos passados desta empresa na plataforma.
Desde Outubro de 2015 que invisto nesta plataforma. Tenho atualmente 15 empréstimos a empresas do continente e ilhas, e posso dizer que me encontro bastante satisfeito. Já houve situações de empresas que demoraram a pagar uma determinada prestação, mas foi caso único e ficou solucionado em poucos dias.
O mercado encontra-se estagnado para os investimentos, e é nestas alturas que um investidor pensa em investimentos alternativos aos depósitos a prazo. Não me sinto ganancioso para investir em empresas de maior risco (risco C), portanto a minha taxa de juro média ronda os 5% de TANB.
Não se esqueçam de diversificar o vosso investimento. O valor mínimo a investir em cada empresa são 20€ e, para quem tem pouco capital, sugiro diversificar para que, se uma empresa deixar de pagar, as outras compensam esse prejuízo potencial.
Recordo também que aqui não existe capitalização dos juros. Todos os meses recebemos uma prestação e, na minha opinião, o certo é colocar esse juro noutro empréstimo a outra empresa, de forma a produzir juro de juro, aumentando os nossos ganhos.
Às vezes escrevo, mas todos os dias penso em como melhorar os meus investimentos. Partilho com todos os leitores as dicas para optimizarem as vossas carteiras.
sexta-feira, 1 de julho de 2016
Raize: Uma revolução nos Empréstimos P2B
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quinta-feira, 23 de junho de 2016
Companhias Aéreas: Quanto Pagam por Combustível?
O ano de 2015 ficou marcado pela descida abrupta dos preços dos combustíveis.
Nos mercados internacionais, os combustíveis caíram de $110 o barril para $50. Uma queda de 50% no preço dos combustíveis. Para nós, que utilizamos os combustíveis no nosso dia a dia, não acumulamos stock desta matéria-prima, mas o mesmo já não se pode dizer das companhias aéreas.
Existem inúmeras companhias aéreas a operar no mercado europeu. As low-cost, como a Ryanair e a EasyJet, e outras como a Tap, a British Airways e a Air France. Estas companhias aéreas têm um desafio pela frente, que passa por colocar um preço de um bilhete futuro sem saber o preço dos combustíveis nesse mesmo futuro.
Algumas companhias aéreas escolhem os futuros como o instrumento financeiro ideal para se precaverem desta variação dos preços dos combustíveis. Como sabem, os futuros permitem que a pessoa compre hoje um ativo que efetivamente irá transaccionar no futuro. Esse ativo tem um preço teórico e é sobre ele que as companhias aéreas muitas vezes se baseiam ao colocar o preço no bilhete. A companhia aérea compra um contrato futuro para se salvaguardar das variações positivas no preço do combustível e, depois, poderá liquidar esse contrato na data do bilhete, garantindo um ganho (caso o preço do combustível seja superior).
No entanto, este resultado pode ter consequências catastróficas, como foi em 2015.
Por exemplo, o CEO da Delta Ed Bastian admitiu à Bloomberg:
No entanto, companhias como a Delta estão a ser forçadas a aumentar os preços dos bilhetes para manterem os lucros, enquanto que outras companhias como a Ryanair aumentaram os seus lucros graças à diminuição dos preços dos combustíveis.
Vejam aqui os preços atualizados dos combustíveis nos mercados internacionais: http://www.nasdaq.com/markets/crude-oil.aspx?timeframe=3y
Nos mercados internacionais, os combustíveis caíram de $110 o barril para $50. Uma queda de 50% no preço dos combustíveis. Para nós, que utilizamos os combustíveis no nosso dia a dia, não acumulamos stock desta matéria-prima, mas o mesmo já não se pode dizer das companhias aéreas.
Existem inúmeras companhias aéreas a operar no mercado europeu. As low-cost, como a Ryanair e a EasyJet, e outras como a Tap, a British Airways e a Air France. Estas companhias aéreas têm um desafio pela frente, que passa por colocar um preço de um bilhete futuro sem saber o preço dos combustíveis nesse mesmo futuro.
Algumas companhias aéreas escolhem os futuros como o instrumento financeiro ideal para se precaverem desta variação dos preços dos combustíveis. Como sabem, os futuros permitem que a pessoa compre hoje um ativo que efetivamente irá transaccionar no futuro. Esse ativo tem um preço teórico e é sobre ele que as companhias aéreas muitas vezes se baseiam ao colocar o preço no bilhete. A companhia aérea compra um contrato futuro para se salvaguardar das variações positivas no preço do combustível e, depois, poderá liquidar esse contrato na data do bilhete, garantindo um ganho (caso o preço do combustível seja superior).
No entanto, este resultado pode ter consequências catastróficas, como foi em 2015.
Por exemplo, o CEO da Delta Ed Bastian admitiu à Bloomberg:
“We’ve lost over the last eight years about $4 billion cumulatively on oil hedges”Infelizmente estas perdas refletem-se nos preços dos bilhetes, imputado esta perda para os clientes. Ainda assim, os dados relativos à quantidade de petróleo que é protegida num contrato de futuro é privada e difere de companhia para companhia. São muitas as empresas a operar no mercado e cada uma tem a sua estratégia, sendo que essa estratégia é um espelho do pensamento dos gestores dos ativos e matérias primas da empresa.
No entanto, companhias como a Delta estão a ser forçadas a aumentar os preços dos bilhetes para manterem os lucros, enquanto que outras companhias como a Ryanair aumentaram os seus lucros graças à diminuição dos preços dos combustíveis.
Vejam aqui os preços atualizados dos combustíveis nos mercados internacionais: http://www.nasdaq.com/markets/crude-oil.aspx?timeframe=3y
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sábado, 18 de junho de 2016
DeGiro: A Revolução dos ETF's
Faz hoje precisamente um ano que publiquei no blog esta mensagem: DeGiro: A Revolução das Plataformas Low-Cost.
Foi uma das mensagens mais populares deste blog, e merece um reforço positivo.
Mais uma vez a DeGiro revolucionou o mercado.
Este ano a DeGiro aboliu as comissões em ETF's, com algumas condições. O investimento mínimo é de 1000€ e o mesmo tem de se manter durante pelo menos um mês. A oferta de ETF's é bastante diversificada e tem os melhores instrumentos de negociação. No meio dos 700 ETF's de negociação gratuita, destaca-se a "Vanguard" e a "IShares" com ETF's ideais para garantir um investimento passivo eficiente.
Segundo a DeGiro, esta disponibiliza ETFs sem comissões porque pretende oferecer aos seus investidores uma maior variedade de produtos financeiros. Poderá diferenciar os investimentos e diversificar a carteira sem comissões excessivamente altas.
Os ETF's (Exchange Traded Funds) são fundos de investimento passivo. Este tipo de instrumentos pretendem replicar o Índice que está no detalhe do produto. Como o investidor não tem 6000€ para comprar uma unidade desse Índice, pode comprar 600€ do ETF que replica esse Índice (que corresponde a uma unidade de 6000€ do Índice). As vantagens deste tipo de instrumento é o facto do investidor poder diversificar melhor os seus investimentos e de não pagar tantas comissões ao investir.
Finalizando, é uma mais valia para os investidores passarem os seus investimentos em Fundos de Investimento para ETF's, de forma a alcançarem um maior rendimento.
Consultem a lista dos ETF's sem comissões: https://www.degiro.pt/data/pdf/pt/lista-etfs-sem-comissao.pdf
Website da DeGiro: https://www.degiro.pt/
Foi uma das mensagens mais populares deste blog, e merece um reforço positivo.
Mais uma vez a DeGiro revolucionou o mercado.
Este ano a DeGiro aboliu as comissões em ETF's, com algumas condições. O investimento mínimo é de 1000€ e o mesmo tem de se manter durante pelo menos um mês. A oferta de ETF's é bastante diversificada e tem os melhores instrumentos de negociação. No meio dos 700 ETF's de negociação gratuita, destaca-se a "Vanguard" e a "IShares" com ETF's ideais para garantir um investimento passivo eficiente.
Segundo a DeGiro, esta disponibiliza ETFs sem comissões porque pretende oferecer aos seus investidores uma maior variedade de produtos financeiros. Poderá diferenciar os investimentos e diversificar a carteira sem comissões excessivamente altas.
Os ETF's (Exchange Traded Funds) são fundos de investimento passivo. Este tipo de instrumentos pretendem replicar o Índice que está no detalhe do produto. Como o investidor não tem 6000€ para comprar uma unidade desse Índice, pode comprar 600€ do ETF que replica esse Índice (que corresponde a uma unidade de 6000€ do Índice). As vantagens deste tipo de instrumento é o facto do investidor poder diversificar melhor os seus investimentos e de não pagar tantas comissões ao investir.
Finalizando, é uma mais valia para os investidores passarem os seus investimentos em Fundos de Investimento para ETF's, de forma a alcançarem um maior rendimento.
Consultem a lista dos ETF's sem comissões: https://www.degiro.pt/data/pdf/pt/lista-etfs-sem-comissao.pdf
Website da DeGiro: https://www.degiro.pt/
segunda-feira, 6 de junho de 2016
High Frequency Trading
O que é o High Frequency Trading?
Após ter visto o filme "Jogo do Dinheiro" ou "Money Monster" com o George Clooney, fiquei inspirado para escrever sobre o High Frequency Trading.
O mundo informatizado trouxe-nos bastantes vantagens, como comprar e vender acções ou ver a nossa carteira em tempo real. Mas isso também trouxe algumas desvantagens para todos, como é o caso do High Frequency Trading.
Bem, já falei duas vezes sobre o tema, mas ainda não acrescentei nada de interessante.
Por definição, este fenómeno acontece quando uma empresa (ou particular) cria um software capaz de transaccionar grandes volumes de posições em segundos, ganhando a diferença da compra para a venda. Normalmente o software gere contas sobre as quais tem a certeza que, ao abrir uma janela de negociação como a que está em baixo, vai negociar o volume que está a colocar na janela. O software, em microssegundos, compra o mesmo que o utilizador quer comprar e, ao mesmo tempo, coloca esse mesmo volume no mercado, mas a um preço um pouco mais elevado. O utilizador recebe então um re-quote com um preço um pouco mais elevado (geralmente de 0,001€/$ por acção).
O utilizador não tem outra hipótese senão comprar por um preço um pouco mais elevado. O lucro da empresa de High Frequency Trading é, então, o spread entre a compra e a venda.
Existe um livro dedicado inteiramente ao tema que estou a abordar hoje, e recomendo a leitura a todos. Link: http://bit.ly/1FlashBoysFlash Boys: A Wall Street Revolt conta a história de um grupo de analistas que se focam num novo projecto: acabar com as transacções duvidosas de entre os vários corretores. De forma resumida, o livro aborda a história de empresas que pagam aos bancos para processar as suas transacções, em troca de as ver por 300 milésimos de segundo (normalmente os bancos têm de pagar para processarem uma transacção). O livro também aborda as licitações por lugares dentro dos servidores dos bancos (os chamados blackpools). As partes mais chocantes do livro são quando os analistas tentam questionar os programadores da mesma empresa a razão do preço das acções desaparecer assim que eles abrem uma janela de negociação.
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