Antes de entrar num tema bastante complicado e aborrecido, começo por curiosidades sobre as nossas poupanças. Neste artigos vamos, então, analisar os benefícios de reforçar os nossos investimentos, a diferença entre os valores a reforçar e, o mais importante de tudo, a diferença que faz entre um investimento passivo e um investimento ativo.
Pressupostos
Durante a nossa vida encontramos fases em que é bastante difícil poupar. Comprar carro, ter filhos, comprar uma casa e casar são fases importantes da nossa vida. Já para os investimentos não são tão bons, já que não ajudam a constituir um bom pé de meia para a nossa reforma.Mas isso não é impedimento de nada. É neste artigo que vemos como é fácil poupar e chegar a um bom pé de meia.
Assim sendo, assumimos que a pessoa vai começar a poupar aos 30 anos, com 1000€ e, 30 anos mais tarde (aos 60 anos) veremos os resultados que apenas 1000€ podem fazer.
Vamos assumir que o seu investimento terá um rendimento de 10% ao ano. É verdade que nalguns anos é possível perder dinheiro mas, ao observarmos o investimento no seu todo, o rendimento anualizado é de 10%.
Reforçar o Investimento vs. Não Reforçar
Reforçar os nossos investimentos é fundamental para o sucesso da nossa carteira, no longo prazo. Ao reforçarmos estamos a colocar mais capital na nossa carteira, aumentando a nossa valorização e, assim, o nosso valor final. O gráfico abaixo elucida a diferença entre reforçar e não reforçar.
Basta observar o gráfico para se notar uma enorme diferença. Durante 30 anos estes foram os resultados de reforçar 100€ ao fim de cada ano:
Com Reforço: 35543,74€
Sem Reforço: 19194,34€
Diferença: 16349,40€
De forma resumida, em 30 anos poupar 100€ por ano e reforçar o nosso investimento quase que duplica o valor final. É muito interessante ver o que uma centena de euros faz ao longo de tanto tempo.
Qual é o Valor a Reforçar?
Uma vez que já observámos os benefícios de reforçar a nossa carteira, vamos aumentar um pouco a complexidade do reforço. Desta vez vamos imaginar que conseguimos poupar, por ano, 200€. Desta vez estamos a poupar o dobro e, em contrapartida, apenas vamos poupar essa quantia nos primeiros 15 anos. Os outros Dos 45 aos 60 anos não vamos poupar nada, gastando todo o salário que ganhámos.A reta azul mantém-se com o reforço de 100€ durante os 30 anos, enquanto que a reta verde é a situação explicada em cima. Vamos ao valor final:
Com reforço de 100€: 35543,74€
Com reforço de 200€ nos primeiros 15 anos: 45738,65€
Diferença: 10194,91€
O valor a reforçar é tão importante como o ato de reforçar os investimentos. Só o facto de reforçarmos o dobro no inicio do nosso investimento traduz-se em mais de 10000€ no final do nosso investimento.
Investimento Passivo vs. Investimento Ativo
Quem costuma ler o meu blogue sabe que estou sempre a reforçar a diferença entre dois tipos de investimento. O investimento ativo, que quase todos conhecemos, e o investimento passivo, que poucos conhecem. O investimento ativo (ex: Fundos de investimento) é um tipo de investimento em que os gestores tentam bater o mercado em que competem. Já o investimento passivo (vulgos ETF's ou investimento direto em ações) segue apenas as tendências do mercado. O investimento ativo, por ser um investimento que tenta bater o mercado, cobra comissões de gestão sobre os ganhos ou perdas (2% ou 3% e alguns casos que chega aos 5%). Para este caso, a comissão de gestão será de 2% sobre o rendimento). Assim sendo, este gráfico mostra a diferença entre os dois investimentos.No longo prazo é certo e sabido que um gestor ativo não consegue bater o mercado, o que se traduz numa perda para os investidores. Ainda assim, vamos assumir que um gestor ativo consegue igualar o mercado que tenta bater. Assim sendo, o investimento ativo terá um rendimento de 10% (o mesmo que a % de rendimentos em cima) e o investimento passivo terá um rendimento de 12% (esse rendimento corresponde ao rendimento que o mercado teve, mas sem uma comissão de gestão de 2%).
Este ganho de 2% traduz-se em:
Investimento Ativo: 35543,74€
Investimento Passivo: 57688,38€
Diferença: 22144,64€
Os instrumentos financeiros utilizados assumem uma posição dominante no valor final da carteira de investimento. A diferença de 2% ao longo de 30 anos causam uma diferença de mais de 22000€.
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